Descrição
Nada é mais parecido com Marcio Evair do que seu Inflorescência. E vice-versa. Explico. Por vezes fica a dúvida: Marcio escreveu o livro ou o livro o escreveu?
Escreveram-se!
Ao longo de quatro anos publicou mais de 600 textos na internet. Agora, em 2019, “inflorescem” 136 poemas, e o autor, emocionado, confessa: Percebo que as plantas nativas que têm as inflorescências mais belas acabam morrendo após desabrocharem. Elas usam toda a energia que têm para florescer, depois espalham sementes que dão início a outros ciclos, e morrem.
Ao longo dos três capítulos de Inflorescência – Inflo, Flores e Essência – Marcio Evair permite que sua profunda comoção poética transforme-se em raízes das florestas de sua infância interiorana, e a vida toda, em um vibrante raizame de veias e artérias.
Algo definitivo podemos constatar após a leitura da obra: As mais belas inflorescências, mesmo que pereçam após o desabrochamento, nos legam – através destes poemas – a perenidade luminosa e fértil.
O Des/Amor percorre grande parte da obra, da mesma forma que o rio, em trechos turvos, corre na esperança de ser inteiramente translúcido.
E o poeta prioriza o Amar, enfim: “Dê-me um colo pra deitar/ E verá que desmorono;/ Dê-me abraços pra eu morar/ E me livre do abandono…
Rossyr Berny – editor